- Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos:
a)façam uma descrição sobre o mar;
b)descrevam os mares encapelados de Camões;
c)reescrevam o episódio do Gigante Adamastor;.
d)façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados;
e)retirem de Camões inspiração para descrever o mar. - Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou de um certo:
a)conhecimento extraído de “As viagens de Gulliver”;
b)assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e franceses;
c)amor por Charles Dickens;
d)mar descrito por Mark Twain;
e)saber já feito, já explorado por célebre autor.
3.Apenas o narrador foi diferente, porque:
a)lia Camões;
b)se baseou na própria vivência;
c)conhecia os ficcionistas ingleses e franceses;
d)tinha conhecimento das obras de Mark Twain;
e)sua descrição não foi corrigida na cela de Padre Cabral.
4.O narrador confessa que no internato lhe faltava:
a)a leitura de Os Lusíadas;
b)o episódio do Adamastor;
c)liberdade e sonho;
d)vocação autêntica de escritor;
e)respeitável personalidade.
5.Todos os alunos apresentaram seus trabalhos, mas só foi um elogiado, porque revelava:
a)liberdade;
b)sonho;
c)imparcialidade;
d)originalidade;
e)resignação.
6.Por ter executado um trabalho de qualidade literária superior, o narrador adquiriu um direito que lhe
agradou muito:
a)ler livros da estante de Padre Cabral;
b)rever as praias do Pontal;
c)ler sonetos camonianos;
d)conhecer mares nunca dantes navegados;
e)conhecer a cela de Padre Cabral.
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7.Contudo, a felicidade alcançada pelo narrador não era plena. Havia uma pedra em seu caminho:
a)os colegas do internato;
b)a cela do Padre Cabral;
c)a prisão do internato;
d)o mar de Ilhéus;
e)as praias do Pontal.
8.Conclui-se, da leitura do texto, que:
a)o professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforço com que o realizaram;
b)o professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhéus;
c)o professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos clássicos
portugueses;
d)a competência de saber escrever conferia, no colégio, tanto destaque quanto a competência de ser
bom atleta ou bom em matemática;
e)graças à amizade que passou a ter com Padre Cabral, o narrador do texto passou a ser uma
personalidade no colégio dos jesuítas.
9.O primeiro dever… foi uma descrição… Contudo nesse texto predomina a:
a)narração;
b)dissertação;
c)descrição;
d)linguagem poética;
e)linguagem epistolar.
10.Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no:
a)presente do indicativo;
b)pretérito imperfeito do indicativo;
c)pretérito perfeito do indicativo;
d)pretérito mais que perfeito do indicativo;
e)futuro do indicativo.
Releia a primeira estrofe e responda as questões de 11 a 13
Cheguei, Chegaste, Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada.
E a alma de sonhos povoada eu tinha.
11.À ordem alterada, que o autor elabora no texto, em busca da eufonia e ritmo, dá-se o nome de:
a)antítese;
b)metáfora;
c)hipérbato;
d)pleonasmo;
e)assíndeto.
12.E a alma de sonhos povoada eu tinha. Na ordem direta fica:
a)E a alma povoada de sonhos eu tinha.
b)E povoada de sonhos a alma eu tinha.
c)E eu tinha povoada de sonhos a alma.
d)E eu tinha a alma povoada de sonhos.
e)E eu tinha a alma de sonhos povoados.
13.Predominam na primeira estrofe as orações:
a)substantivas;
b)adverbiais;
c)coordenadas;
d)adjetivas;
e)subjetivas.
Releia a segunda estrofe para responder as questões de 14 a 17:
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha
14.O objetivo preso (presa) refere-se a:
a)estrada;
b)vida;
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Apostila de Português para Concursos 7
c)minha mão;
d)tua mão;
e)vista.
15.Coloque nos espaços em branco os verbos ao lado corretamente flexionados no imperativo afirmativo,
segunda pessoa do singular.
……………………………(parar) na estrada da vida; ……………………(manter) a luz de teu olhar
a)pára – mantém
b)paras – manténs
c)pare – mantenha
d)pares – mantenhas
e)parai – mantende
16.Tive da luz que teu olhar continha. Com luz no plural teríamos que escrever assim:
a)Tive das luzes que teu olhar continha.
b)Tive das luzes que teus olhares continha.
c)Tive das luzes que teu olhar continham.
d)Tive das luzes que teus olhares continham.
e)Tiveram das luzes que teus olhares continham.
17.Tive da luz que teu olhar continha.
A oração destacada, em relação ao substantivo luz, guarda um valor de:
a)substantivo;
b)adjetivo;
c)pronome;
d)advérbio;
e)aposto.
Releia as duas últimas estrofes para responder as questões de 18 a 20:
Hoje, segues de novo… Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
18.Sujeito do verbo umedecer (umedece):
a)a partida;
b)os teus olhos;
c)tu;
d)ela;
e)o pranto. - 19.O verbo comover (comove) refere-se no texto (e por isso concorda com ela) à palavra:
a)o pranto;
b)a dor;
c)teus olhos;
d)te;
e)partida. - 20.Assinale a alternativa onde aparece um verbo intransitivo.
a)Hoje seques de novo.
b)Nem o pranto os teus olhos umedece.
c)Nem te comove a dor de despedida.
d)E eu, solitário, volto a face.
e)Vendo o teu vulto.
GABARITO - 1 A
- 2 E
- 3 B
- 4 C
- 5 D
- 6 A
- 7 C
- 8 D
- 9 A
- 10 C
- 11 C
- 12D
- 13 C
- 14 D
- 15 A
- 16 A
- 17 B
- 18 E
- 19 B
20.A
Leia o texto I para responder às questões de 1 a 3.
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Texto I
O tempo não é experiência. Pode ser esclerose. Numa visão ligeira, envelhecer seria um caminhar
no sentido do futuro – o que não corresponde à verdade. Caminhar em direção ao futuro é a
característica do jovem, ocorrendo envelhecimento quando se inicia o processo inverso: a volta ao
passado, sua preservação, dele se fazendo sempre mais dependente. No que envelhece, o risco é o 5
hábito – a infindável repetição daquilo que foi antes uma resposta criadora.
O perigo é a tensão inerente ao passado em buscar perpetuar-se, oferecendo as mesmas
respostas a questões que agora são outras.
Esta, a ameaça do passado. Mas há outro ângulo.
O passado não se acumula somente sob a forma de hábito, mas, virtualmente, introduz a
possibilidade da memória. E se o hábito faz com que se 10 repitam mecanicamente respostas caducas, a
memória é o potencial criador sempre disponível com o qual a história pode contar.
O jovem está, num certo limite, livre de um passado que ameace escravizá-lo – simplesmente por
não existir ou por não ter atingido a intensidade necessária. Na aparência – como se isso não dependesse
de uma posição do espírito – sendo o Brasil um país jovem, estaríamos menos próximos 15 dos perigos
da esclerose. Mas com o que podemos contar? Já foi dito, de resto, ser o Brasil um país sem memória.
Nosso ceticismo destruiria esta consideração – no sentido de levar em conta – com relação ao
passado. Parece que estamos condenados a sempre partir do zero.
(GOMES, Roberto. Crítica da Razão Tupiniquim.
Porto Alegre, RS: Mercado Aberto, 7ª ed. 1984) - Após uma leitura atenta do fragmento, julgue os itens a seguir, quanto aos aspectos da compreensão
e interpretação.
a) O autor estabelece uma visão antitética em relação ao conceito usual de tempo.
b) Envelhecimento é a dependência em relação ao passado.
c) Pode-se inferir que o jovem, para manter-se fiel a suas características, preserva incólumes os valores
herdados dos antepassados.
d) Hábito e memória excluem-se, na medida em que o hábito é pura repetição, enquanto a memória abre
possibilidades criadoras. - Julgue os itens em relação à teoria lingüística e normas gramaticais.
a) Na linha 8, a próclise do pronome em não se acumula é facultativa.
b) As duas ocorrências da partícula se, no segundo parágrafo, linhas 8 e 9, equivalem-se no plano
morfossintático.
c) Num certo limite, linha 12, está entre vírgulas por ser expressão internalizada em uma oração.
d) O agente da ação verbal no último período do texto, linha 17, é indeterminado. - Julgue os itens a seguir, em relação aos aspectos semânticos e estilísticos.
a) Experiência, esclerose, passado, futuro e envelhecer, no texto, pertencem ao mesmo campo
semântico.
b) Virtualmente, na linha 9, poderia ser substituído por potencialmente ou factivelmente, sem alterar
substancialmente o sentido do texto.
c) “Sendo o Brasil um país jovem”, linha 14, instaura uma condição concessiva em relação à oração
seguinte.
d) Ceticismo, linha 16, liga-se semanticamente a sem memória, na linha 16.
Leia o texto II para responder às questões 4 e 5.
Texto II
Periodização da Filosofia
Não se pode afirmar que a história do pensamento filosófico obedeça a uma evolução linear, de
tal modo que cada posição atingida pelos grandes pensadores no plano epistemológico, ético, metafísico,
estético, etc., condicione o desenvolvimento sucessivo.
Em primeiro lugar, há uma multiplicidade de áreas diversas de indagação e, a não ser em casos
bem raros, raramente surgem pensadores geniais capazes de
5 abrangê-las de maneira sincrônica ou unitária, marcando pontos cardeais da história das idéias. O que
prevalece, em geral, são contribuições especializadas que cuidam de determinado campo de pesquisa,
não se devendo esquecer que essas indagações setoriais podem, às vezes, repercutir sobre o curso do
pensamento geral, inspirando novos paradigmas, ou seja, pressupostos fundamentais que passam a
condicionar as meditações subseqüentes.
10 Como se vê, as linhas de indagações filosóficas resultam de preferências individuais dos
pensadores assim como de fatores das mais diversificadas configurações, não sendo possível, pois,
afirmar que as várias correntes de pensamento se entrelacem ou atuem umas sobre as outras. Há até
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Apostila de Português para Concursos 9
mesmo hipóteses em que determinadas escolas ou círculos de pensamento são tão ciosos de suas
convicções que chegam a olhar com desprezo as demais perquirições, como se deu, por exemplo, em
certos momentos do escolasticismo medieval; no apogeu do
15 naturalismo positivista da passada centúria; no predomínio ideológico do marxismo que, no dizer de
Raymond Aron, foi “o ópio dos intelectuais”; ou, em tempos mais recentes, a corrente do positivismo
lógico, alguns de cujos mentores chegaram a considerar meaningless, isto é, desprovido de sentido tudo
que não se ajustasse a seus parâmetros.
(Miguel Reale Jr. – O Estado de São Paulo – Jun/98) - A primeira instância da interpretação textual situa-se na esfera da compreensão dos significados
vocabulares e organizacionais. Atentando para esta afirmação, julgue os itens a seguir segundo os
critérios semânticos e estilísticos.
a) “Multiplicidade de áreas diversas de indagação”, linha 6, trata do caráter unívoco do conhecimento e,
por conseguinte, do objeto da filosofia.
b) “abrangê-las de maneira sincrônica”, linha 5, é o mesmo que visão superficial sobre o objeto do
conhecimento.
c) A partícula pois, linha 11, instaura uma circunstância explicativa entre duas afirmações que a
circundam.
d) O autor utiliza-se de um registro predominantemente metafórico, dificultando a apreensão das idéias
que veicula. - Considerando que paráfrase é o desenvolvimento de um texto conservando-se suas idéias originais,
expressas por palavras diferentes, julgue os itens a seguir, caso sejam ou não paráfrases de segmentos
do texto II.
a) A progressão do pensamento filosófico não se sujeita a parâmetros evolutivos lineares.
b) Raros filósofos conseguem abarcar simultaneamente diferentes campos da perquirição filosófica.
c) O pensamento geral é modificado por paradigmas fundamentais.
d) A crença de que as várias correntes de pensamento se excluem é confirmada pela individualidade do
pensamento filosófico ocidental.
GABARITO - VVFV
- FFVF
- FVFF
- FFFF
- VVVV